domingo, 6 de janeiro de 2008

Meu Veneno

Eu nada tenho a dizer,
a não ser: chegou o Fim.
Nem um pouco importa a mim
se meu poema é veneno,
se meu poema é um corte
de morte, de morte, de morte.

Não há mais nada a fazer;
o tempo dá um grito e morre,
o sangue do amor escorre...
se meu poema é veneno,
é de um fantasma catártico:
um trágico, um trágico, um trágico.

Nosso destino é morrer
tragando o vinho que espera
nos olhos da ânsia da fera...
Sim, meu poema é veneno,
licor de rosa indefesa:
tristeza, tristeza, tristeza

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