domingo, 6 de janeiro de 2008

Sorry

Às vezes me pego pensando, pensando em coisas que não queria lembrar...

A noite chega e com ela vem a lembrança de seu rosto
Aquele rosto que tanto amei
Rosto que eu admirava por horas e horas sem nunca cansar
Seu corpo, tão belo, esguio e docemente delicado.
Sua beleza me assustava as vezes
Nunca te vi como minha
Você sempre tão altiva e imponente nunca me deu esse direito
Minhas mãos lhe tocavam com suavidade
Enquanto lhe possuía, ou melhor, você me consumia.
Eu não poderia viver sem você
Sem sua presença, sem teu lindo rosto.
Mas sua alma era impenetrável, inconquistável.
Ao contrario de sua carne, tão tenra e macia.
Carne sua, que eu, em uma tentativa insana.
Para lhe ter sempre junto a mim, maculei.
Hoje a noite é como todas aquelas em que eu ficava durante horas sem tirar
os olhos de seu rosto.
Sempre tão belo!
Sim, as noites continuam iguais, ainda belas e sedutoras.
Já seu rosto esta diferente.
Já faz três dias desde meu ato macabro
Seu rosto agora tem um aspecto frio e um tom azulado.
Tento não pensar no que fiz naquela noite
Mas as lembranças teimam em voltar
Não as agüento mais.
Não agüento mais a falta que me faz ouvir sua voz
Tenho que ficar junto a ti
O sangue que agora jorra de meus pulsos é uma prova de amor
Com sangue celebro nossa união.

Sombras

A noite chega e me assusta
O tempo passa
Mas não a minha busca
O medo corre

Por todas as minhas veias
Oh luz venha
Para quem tanto te anseia
Todos os meus fantasmas
Vivem a minha escolta
E eu sempre
Buscando alguma porta
Não sei até quando
Terei que suportar
O fantasma da escuridão
A me sufocar
Deuses ou demônios
Venham me libertar
Do estranho pesadelo
Que é estar
Preso nesta cova
Que foi criada para me sepultar

Meu Veneno

Eu nada tenho a dizer,
a não ser: chegou o Fim.
Nem um pouco importa a mim
se meu poema é veneno,
se meu poema é um corte
de morte, de morte, de morte.

Não há mais nada a fazer;
o tempo dá um grito e morre,
o sangue do amor escorre...
se meu poema é veneno,
é de um fantasma catártico:
um trágico, um trágico, um trágico.

Nosso destino é morrer
tragando o vinho que espera
nos olhos da ânsia da fera...
Sim, meu poema é veneno,
licor de rosa indefesa:
tristeza, tristeza, tristeza

sábado, 5 de janeiro de 2008

Telefonema Fatal

A última coisa de que os amigos se lembram é que a garota recebeu uma chamada anônima e, quando retornou a ligação para saber de quem era, uma voz masculina disse algo numa língua esquisita que deixou ela totalmente assustada. Os amigos tentaram acalmar ela, dizendo: “com certeza que foi engano”. Mas ela não conseguia apagar a expressão de medo do seu rosto. “Vou morrer”, chorava enquanto dizia, “esta voz não era humana, tinha eco, parecia uma língua morta... era como se fosse Satanás a falar comigo!”
Quando ela disse isto, o pessoal começou a rir. Disseram-lhe que ela estava a ficar louca e que o melhor era ir dormir, e então ela decidiu seguir os conselhos dos amigos e convenceu-se de que estava a exagerar. Na manhã seguinte, o diretor da escola deu a má notícia: naquela noite, ela tinha morrido congelada na cama, depois de atirar o celular pela janela.

Maria Sangrenta

Como primeiro assunto do blog e de 2008...
Trago a história da Maria Sangrenta.
Já ouviram falar dela não?
Tem uma coisa que eu acho muito esquisita nessa história... mas antes tenho contar ela.

Dizem que era uma garota que tinha uma doença contagiosa rara e havia entrado em coma, e como na época que isso aconteceu não havia como eles saberem que ela estava viva (pois quando uma pessoa entra em coma todos os sinais vitais caem e pulsação é quase nula, só como tecnologia atual pra saber se tá vivo ou morto), enterraram ela viva. Os pais ainda tinham esperança dela “ressuscitar”... Pegaram uma corda fina e amarraram uma ponta no pulso dela (no caixão enterrado) e a outra em um poste com um sino (um não muito grande). A mãe dela não queria sair de jeito nenhum do lado do caixão mais os outros parentes deram morfina pra ela e tiraram ela de lá. Todos beberam nessa noite. Mas não foi pouco não... foi o suficientes pra ficarem “doidões”.
Na manhã seguinte, o pai dela saiu de casa e foi ver o tumulo... o sino estava derruba do no chão. Ele cavou com as próprias mãos e abriu a caixão. Ela estava morta, mais o lado interno da tampa estava todo ensangüentado e com marcas de unhas. A “Maria” estava sem as unhas e completamente cheia de sangue.
Nunca ficou bem esclarecido o porquê, mas (dizem que) dá pra invocar ela fazendo o seguinte: fale na frente de um espelho: “Maria Sangrenta” e gire, faça isso três vezes que ela irá sair do espelho.
Foi relatado cerca de 6 vezes nos EUA e 13 na Europa de casos que a pessoa praticamente “morreu de susto”. A explicação dos médicos foi mais ou menos que, quando a pessoa leva um susto, um certo nível de adrenalinda e outras toxinas vão parar no coração fazendo ele acelerar. Neste caso, o susto foi tão grande que o coração entrou em colapso e a pessoa teve uma espécie de ataque cardíaco e entrou em coma. E cerca de quatro dias depois elas morreram. Dizem que é ela fazendo que as pessoas que a invocam tenham o mesmo final que ela. Mas com a tecnologia atual dá pra saber quando ela está realmente morta.

Quanto ao que eu acho estranho é que no filme “O Chamado” a garota perde as unhas tentando sair do poço que a madrasta dela havia lhe jogado em busca de vingança. Mas com certeza é coincidência...